Radio Evangélica

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Forte na política, mas desgastado, PT faz 10 anos no poder



FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

 PT completa dez anos no poder exibindo músculos na política, mas com um forte abalo em uma de suas principais bandeiras antes de chegar ao poder, a ética.
Favorito hoje para emplacar a quarta vitória presidencial seguida em 2014 --tanto Dilma Rousseff quanto Luiz Inácio Lula da Silva lideram com folga as pesquisas de intenção de voto--, a sigla tenta superar o desgaste causado pelo mensalão, maior escândalo da era Lula (2003-10).
Quando o PT chegou ao poder federal com Lula em janeiro de 2003, aderiu com rapidez aos métodos tradicionais da política brasileira.
O partido e seus aliados aparelharam o Estado e abriram espaço para a fisiologia no Congresso.
Não há inovação nessas práticas. O PT apenas emulou, ao seu jeito, o que outros faziam. E usa muitas vezes essa explicação para justificar o que pratica. Foi o caso de Lula à época em que eclodiu o mensalão, em 2005.
"O que o PT fez do ponto de vista eleitoral é o que é feito no Brasil sistematicamente", declarou à época. E mais: "Não é por causa do erro de um dirigente ou outro que você pode dizer que o PT está envolvido em corrupção".
Essas explicações do então presidente da República e líder máximo do PT serviram de salvo-conduto para tudo o que o partido fez e viria a fazer no exercício do poder.
Mas existem nuanças em relação ao comportamento de outros grupos políticos anteriores. A comparação mais evidente é com o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Tanto FHC como Lula se abriram à política miúda da fisiologia no Congresso. Mas com engenharias distintas.
Nos seus oito anos no comando do Brasil, FHC preferiu construir bancadas governistas menos fragmentadas --com número reduzido de siglas. Concentrou a adesão de deputados nas legendas-âncora de sua administração, PSDB e PFL (hoje DEM).
Já Lula decidiu repelir alianças com alguns partidos maiores, como o PMDB. Optou por horizontalizar sua base, com partidos médios e pequenos. Mas aí teve de cooptar mais agremiações.
O resultado foi simples. Enquanto nos anos FHC a centralização política foi quase total, sob Lula uma miríade de interesses se espalhou, tornando a gestão da fisiologia ""demandas paroquiais, legítimas ou não"" dos políticos às vezes incontrolável.
Os números das bancadas no Congresso no início de cada mandato são ilustrativos. Quando FHC tomou posse, em 1995, tinha o apoio formal de 387 deputados ""dos quais 258 estavam abrigados em apenas três legendas: PSDB, PFL e PMDB.
Já Lula ao assumir, em 2003, tinha uma bancada governista de 336 deputados na Câmara. Ocorre que os três principais partidos lulistas (PT, PL e PSB) somavam apenas 153 deputados.
O passo seguinte na governança política petista foi fatiar os cargos públicos entre os diversos partidos aliados.
O número de ministérios teve de crescer. Eram 27 quando FHC assumiu. Hoje são 38.
Uma base política mais fragmentada é menos controlável. Isso explica por que durante FHC o Congresso teve mais CPIs e nenhuma abalou o governo como o mensalão dos anos Lula.
O tucano conviveu com 54 CPIs, mas teve comando total em todas. Lula enfrentou 42 investigações e perdeu o controle durante a mais relevante, a do mensalão.
FHC também foi hábil ao evitar a abertura de CPIs que poderiam escapar do comando. Um caso relevante ocorreu em 1997, quando o tucano abafou uma investigação sobre a compra de votos a favor da emenda da reeleição.
À época, os deputados envolvidos foram forçados a renunciar aos mandatos. E nove dias depois de o caso eclodir, o PMDB, vital na operação dos interesses políticos tucanos no Congresso, impôs a nomeação de dois ministros.
Lula nunca conseguiu impedir a investigação do mensalão. Não que não tivesse tentado. Mas a política de fragmentação partidária não dava ao petista essa margem. De maneira inadvertida, o petismo e o lulismo ajudaram o Brasil a conhecer um pouco mais como se opera a política no país.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1208017-forte-na-politica-mas-desgastado-pt-faz-10-anos-no-poder.shtml

domingo, 30 de dezembro de 2012

ATENÇÃO: Pastor Yousef Nadarkhani foi, mais uma vez, preso no Irã



Nadarkhani permaneceu detido anteriormente por quase três anos sob sentença de morte por apostasia, até que foi absolvido e libertado em setembro desse ano. Em 25 de dezembro ele foi obrigado a retornar à cela

A organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) informou que Yousef Nadarkhani, pastor da Igreja do Irã, recentemente absolvido da acusação de apostasia, foi novamente detido.

Em setembro desse ano, um tribunal absolveu Nadarkhani da acusação de apostasia, mas o condenou a três anos de prisão por evangelizar muçulmanos. Uma vez que, ao longo do processo até o julgamento final, ele já havia passado cerca de três anos na prisão Lakan, em Rasht, o pastor foi liberado em setembro mesmo, após pagar fiança.

No entanto, fontes da CSW informaram que o pastor Nadarkhani foi encaminhado novamente à prisão, por ordem do diretor da prisão Lakan, que alegou que ele havia sido liberado muito cedo, devido à insistência de seu advogado, Mohammed Ali Dadkhah. O líder cristão foi preso mais uma vez para cumprir o restante do tempo de condenação e completar a papelada que, supostamente, não tinha sido resolvida durante a sua liberação, há dois meses.

Em novembro, Yousef foi convidado especial da conferência nacional da CSW, em Londres, onde agradeceu a todos que oraram e pediram a Deus por ele durante sua prisão.

Mervyn Thomas, diretor executivo da CSW, afirmou: "Ficamos bastante desapontados ao ouvir que o pastor Nadarkhani foi devolvido à prisão de maneira tão irregular. O momento é insensível e especialmente triste para sua esposa e filhos, que devem ter estado ansiosos para celebrar o Natal com ele pela primeira vez em três anos.

Esperamos que Yousef seja libertado rapidamente, uma vez que ele já cumpriu sua pena de três anos anteriormente. Nós também pedimos oração pela segurança do pastor e por sua família neste momento tão delicado."

A agência de notícias Fox News confirmou: "Yousef Nadarkhani, 35 anos, foi chamado a retornar à prisão Lakan, em Rasht, no local em que cumpriu pena e de onde foi então libertado, com base na acusação de que deveria completar o restante de sua sentença." O tribunal iraniano ordenou que Yousef servisse os 45 dias restantes de sua condenação.

Segundo o The American Center for Law and Justice (ACLJ), a atualização desse caso é um flagrante desrespeito do Irã para o direito internacional. Preso pela segunda vez por causa de sua fé, o que Nadarkhani passou não ocorreu coincidentemente no dia de Natal. De acordo com a instituição, o Irã tem, cada vez mais, perseguido os cristãos e qualquer um que esteja disposto a defendê-los.

Para piorar a situação, o advogado iraniano de Youcef, Dadkhah, fundamental para garantir a sua libertação este ano, está, atualmente, em um dos centros de detenção mais abusivos do país, prisão de Evin. Há notícias de que sua saúde tem se deteriorando rapidamente sob as terríveis condições em que se encontra. Ele foi preso logo após a libertação de Yousef, em aparente retaliação por sua defesa aos direitos humanos contra os ataques do regime islâmico radical iraniano.

A repressão brutal que domina o Irã e a forte perseguição ao cristianismo não passaram despercebidas. A pressão internacional que surgiu sobre o Irã no início deste ano e que resultou na liberdade de Yousef anteriormente pode ser a única esperança de liberdade para quem sofre restrições do governo por conta de seu amor a Jesus. Não cesse de orar por Yousef e os demais cristãos iranianos. 

FonteCWS e ACLJ
TraduçãoAna Luíza Vastag

Fonte: http://www.portasabertas.org.br/noticias/2012/12/1977078/

sábado, 29 de dezembro de 2012

Piero Corsi, pároco italiano misógino e homofóbico, não dá o braço a torcer



Le Monde
Philippe Ridet

Não sabemos se Piero Corsi, polêmico padre da paróquia de San Terenzo, em Ligúria, na Itália, ama ao próximo. Mas uma coisa é certa: ele ama menos à próxima.

Prova disso é o folheto que ele afixou na porta de sua igreja no Natal, no qual se podia ler: "as mulheres que provocam com suas roupas sumárias, que se afastam da vida virtuosa e da família e provocam os instintos, devem fazer um saudável exame de consciência e se perguntar: será que não estamos procurando?"
Pergunta puramente retórica. Para Piero Corsi, a resposta é inequívoca: as mulheres italianas merecem o que recebem. "Quantas relações adúlteras são mantidas", insiste Corsi, "no trabalho, no cinema, nas academias? É assim que se chega à violência e aos abusos sexuais."
Em 2012, segundo as contas macabras da imprensa, 108 mulheres foram assassinadas por seus maridos, ex-maridos, companheiros ou ex-companheiros na Itália. O fenômeno se tornou tão corrente que foi preciso criar o substantivo "femminicidio", que pode ser traduzido por "femicídio", para caracterizá-lo. Por aí se vê que Corsi está por dentro do assunto.
O padre, de cabelos curtos e grisalhos, de estilo capelão militar, não se deixou abalar pelas primeiras críticas suscitadas por seu ataque. A um jornalista da RAI, o canal público de televisão, que lhe pediu para argumentar seu pensamento, ele respondeu, agregando homofobia à misoginia: "Mas se você não sente nada diante de uma mulher nua que passa na sua frente, isso quer dizer que você é um veado". Por aí também se vê que Corsi entende de nuances.

"Alguns dias de descanso"

O constrangimento da Igreja é real. O bispo de La Spezia, dom Ernesto Palletti, lhe ordenou que retirasse seu cartaz, o que o padre logo fez. Seu conteúdo fere o sentimento geral de condenação da violência contra as mulheres, avaliou o bispo local, acrescentando que ele havia encontrado ali "motivações inaceitáveis que vão de encontro ao sentimento comum da Igreja" sobre esses assuntos.
Só que não é fácil fazer um padre se calar. As autoridades eclesiásticas acreditavam ter conseguido, quando, na quinta-feira (27) pela manhã, um comunicado assinado por Corsi anunciava sua intenção de renunciar a seu sacerdócio, do qual ele agora se considerava "indigno".
Ele afirmava esperar "um dia reencontrar a serenidade", que visivelmente lhe havia faltado e reiterou suas desculpas "mais sinceras, não somente a todas as mulheres ofendidas por meu texto, mas também a todos aqueles que se sentem ofendidos por minhas palavras". Por aí se vê que Corsi entende de contrição.
Mas o belo conto de Natal do padre tomado pelo remorso terminou algumas horas mais tarde. Era um comunicado falso, como explicou o próprio padre a seu bispo, que já não sabe mais para que santo rezar. Ele não se demitirá de sua função. Em compensação, tirará "alguns dias de descanso" para se recuperar do "stress dessas últimas horas".
Tradutor: Lana Lim

Peemedebista contraria partido por apoio do PSD em disputa na Câmara



Faltou combinar Em campanha pela presidência da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN) contrariou seu próprio partido ao prometer ao PSD o comando da Comissão de Finanças e Tributação, em troca do apoio dos 51 deputados da sigla. A comissão, uma das mais importantes da Casa, hoje é da cota do PMDB. O acordo com o PSD não teve aval da bancada. "Desse jeito, vai sobrar para nós a Comissão de Participação Legislativa'', ironiza um peemedebista, citando a menos cobiçada das vagas.

Pacote Além do PSD, Alves combinou com o DEM participação mais robusta na Mesa da Câmara. Hoje, o partido ocupa uma suplência, mas deve ficar com a procuradoria parlamentar da Casa. O atual titular, Nelson Marquezelli (PTB-SP), terá de se contentar com a Ouvidoria.

Mais um O ex-subprocurador-geral da Antaq Daniel Barral deve ser incluído no rol de servidores alvo de sindicâncias para investigar envolvimento com o grupo flagrado na Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

Elo A comissão que fez a correição na agência encontrou indícios de irregularidades em pareceres assinados por Barral, a pedido do ex-procurador-geral Glauco Alves, afastado do cargo desde que o escândalo veio à tona.

Ainda é cedo Em conversa recente com seu suplente no Senado, Sérgio Souza (PMDB-PR), a ministra Gleisi Hoffmann assegurou que pretende ficar na Casa Civil mais um ano. A petista quer se preparar em 2014 para disputar o governo do Paraná com Beto Richa (PSDB).

Tira-teima A disputa paranaense caminha para polarização PT-PSDB. Isso porque o senador Roberto Requião perdeu o controle do PMDB no Estado para o grupo ligado ao governador tucano.

Na fila O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), encerra o sexto ano de mandato afirmando que não quer ser candidato a nada em 2014. Sobre a chance de assumir um ministério, diz que, se Dilma Rousseff se reeleger e convidá-lo, aceitará.

Torcida Wagner diz não crer que a candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) ganhe corpo e que não vê o que Eduardo Campos (PSB-PE) ganharia disputando a Presidência em 2014. "O cenário é favorável a Dilma", afirmou, em almoço com jornalistas.

Vaivém 1 Em fim de mandato, o prefeito de São Caetano do Sul, José Aurichio Jr. (PTB) é o favorito para assumir a Secretaria Estadual de Esportes e Lazer. O atual titular, José Benedito Fernandes, também petebista, deixará a pasta para comandar a Secretaria de Negócios Jurídicos na Prefeitura de Barueri.

Vaivém 2 O nome de Aurichio ganhou força porque Geraldo Alckmin deseja instalar no primeiro escalão um representante do ABC. De predominância petista, a região é palco de divisão no PSDB, fragilizado nos resultados eleitorais desde 2008.

Minha casa Empenhado em encerrar o ano com agenda positiva, Alckmin adiou a folga de Réveillon da área de Habitação. Entre hoje e amanhã, o governo paulista entregará 671 moradias em quatro cidades e assinará convênio para 1.128 unidades.

Timing Fernando Haddad recusou a oferta de Gilberto Kassab, que franquearia o acesso ao edifício Matarazzo ao sucessor a partir de amanhã. A nova equipe só assumirá salas na prefeitura no dia 2, após a posse.

Alô... Pedro Serafim (PDT), prefeito de Campinas, adotou estratégia de campanha eleitoral para o epílogo do mandato: disparou por telefone mensagens gravadas nas quais elenca as benfeitorias de seu breve governo.

... 2014 Até o ano passado, o pedetista dizia que encerraria sua carreira política em 2012, mas, com os 95 mil que obteve, agora admite postular vaga de deputado.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/1207295-peemedebista-contraria-partido-por-apoio-do-psd-em-disputa-na-camara.shtml

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Acusado de queimar Alcorão é queimado vivo no Paquistão



O crime aconteceu em frente a uma delegacia na cidade de Seeta

No último sábado (22) um homem foi queimado vivo no Paquistão depois que uma multidão se revoltou ao saber que ele supostamente teria queimado exemplares do livro sagrado do islamismo.
Por esta acusação o homem teria sido levado até a delegacia, mas os muçulmanos revoltados com a queima do Corão tiraram-no de dentro da delegacia e atearam fogo.
A vítima foi Usman Memon, ele teria dormido uma noite na mesquita do povoado, no dia seguinte os fiéis encontraram exemplares queimados do Alcorão e, suspeitando dele, o levaram para a delegacia para que ele fosse preso pelo crime de blasfêmia.
Segundo informações do site do jornal Express, mais de 200 moradores da cidade de Seeta, na província de Sindh, atacaram o homem e foram acusadas de assassinato e obstrução ao trabalho da justiça. Dez policias também foram acusados de permitir que o assassinato acontecesse e por este motivo foram suspensos por “negligência”.
A lei da blasfêmia é muito rígida no Paquistão, este ano uma adolescente com problemas mentais chegou a ser presa sob uma falsa acusação de ter queimado o Corão e foi presa correndo o risco de ser punida com prisão perpétua. O caso foi solucionado depois que testemunhas acusaram o imã local de plantar provas para espantar os cristãos da vila.
Os imãs, que são líderes muçulmanos, são os principais acusadores em casos de blasfêmias. Muita das vezes eles agem com a intenção de amedrontar minorias religiosas. As informações são do portal Terra.

Fonte: Gospel Prime

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Apagão: racionamento de energia pode acontecer logo no país



A revista Veja desta semana traz reportagem sobre racionamento de energia que deve acontecer, principlamente, no sudeste do país. A falta de chuvas deixou o reservatório de água da usina hidrelétrica de Furnas, uma das principais fontes de eletricidade da Região Sudeste, em seu nível mais baixo desde 2001. A represa, que banha 34 municípios no sul de Minas Gerais, está com apenas 12% de sua capacidade.
O nível da água se encontra a 753,4 metros acima do nível do mar, 14,6 metros abaixo de seu máximo e apenas 3,4 metros acima do mínimo necessário para que a usina opere normalmente. Todas as nove réguas verticais usadas para medir a capacidade da represa estão expostas, fora d’água. A situação já é tão dramática quanto a de outubro de 2000. Se agora, com o início do verão, as chuvas não se intensificarem na bacia do Rio Grande, ficará comprometida a geração de energia de um total de doze usinas.
A estiagem não afetou apenas Furnas. No seu conjunto, os reservatórios das regiões Centro-Oeste e Sudeste estão com 30% de sua capacidade, o nível mais baixo em mais de uma década. A estação mais úmida do ano, nessa região, começa em dezembro e termina em abril, mas as chuvas costumam chegar já nos meses de setembro e outubro.
Foi o que ocorreu em 2011, mas não se repetiu neste ano. Modelos estatísticos utilizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a entidade responsável pelo controle da operação de geração e transmissão de energia, estimam que, se as chuvas vierem na intensidade prevista para os próximos meses, os reservatórios do Centro-Oeste e do Sudeste voltarão a se encher e chegarão ao período de seca com 68% de sua capacidade.
Mas como ter certeza? O país, mais uma vez, dependerá do imponderável da meteorologia. Em 2000, por exemplo, não choveu o suficiente e o racionamento fo inevitável.

Fonte: Veja/Verdade Gospel

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Capitalismo de espoliação


Durante anos, o Brasil chamou a atenção do mundo graças a seu novo ciclo de crescimento. No entanto seria interessante perguntar-se sobre o tipo de capitalismo que tal ciclo gerou, sobre qual a especificidade da experiência brasileira e seus limites.
Colocar tal questão é importante porque, se há algo que chama a atenção no caso brasileiro, é a maneira como aprofundamos um modelo econômico oligopolista, de baixa concorrência e alta concentração. No Brasil, o capitalismo mostrou uma de suas faces mais brutais. Pois não ocorreu aqui fenômenos de pulverização de atores econômicos por meio de ciclos de abertura de start-ups e de defesa estatal de ambientes de multiplicação de grupos de empreendedores.
Na verdade, tivemos, muitas vezes, uma diminuição no número de tais atores através de políticas estatais que produziram ou incentivaram involuntariamente a oligopolização da economia em nome da criação de "grandes players globais".
Setores como os frigoríficos e a produção de etanol são exemplares, nesse sentido. Em tais casos, em vez de lutar contra a tendência oligopolista,
o governo subvencionou a criação de grandes grupos exportadores que usaram, em várias ocasiões, dinheiro público para comprar concorrentes e concentrar o mercado.
O resultado foi aberrações em que oligopólios controlam serviços e produtos, oferecendo-os a preços exorbitantes e com baixa qualidade. A recente pesquisa sobre os preços da indústria automobilística nacional, por exemplo, demonstrou o que qualquer pessoa sensata já imaginava: nossos carros estão entre os mais caros do mundo não devido aos impostos ou ao custo Brasil, reclamações clássicas de empresários acostumados com a exploração de seus empregados.
Na verdade, eles estão entre os mais caros simplesmente porque a margem de lucro é uma das mais altas do mundo. Algo só possível em um mercado totalmente oligopolizado, sem concorrência real. Mercado onde a regra é a espoliação dos consumidores.
Durante certo tempo, ouvimos a pregação de que a abertura da economia nacional a empresas estrangeiras quebraria o ciclo de relações incestuosas entre poder público e burguesia nacional de baixa competividade. No entanto o que vimos nesses casos foi um primeiro momento virtuoso que logo dava lugar a um novo monopólio, só que agora com sotaque estrangeiro.
Ou seja, o Brasil tinha à sua frente o desafio de criar um sistema econômico no qual a intervenção estatal fosse organizada tendo em vista a quebra da natureza monopolista do capitalismo atual. Mas ele fez exatamente o contrário. Há de perguntar se isso não colabora para o atual estágio de baixo crescimento econômico.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vladimirsafatle/1206071-capitalismo-de-espoliacao.shtml

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Cemitério para quem deseja “ressuscitar primeiro” está ficando sem espaço



Mortos colocados no Monte das Oliveiras esperam ver o Messias antes

Durante os últimos 3.000 anos as famílias judaicas que acreditam que a vinda do Messias será sobre o Monte das Oliveiras, em Jerusalém, enterraram ali os seus mortos.
As Escrituras trazem uma profecia no livro de Zacarias dando conta que uma fenda se abrirá no Vale de Cedron entre os Montes do Templo e das Oliveiras, local por onde o Messias deve entrar pela Porta Dourada do Templo em Jerusalém.
A tradição diz que o próprio Zacarias pediu pra ser enterrado ali na expectativa de ser ressuscitado primeiro para ver a chegada do reino do Messias judeu. Desde então este local passou a ser um dos mais sagrados para a fé judaica.
“Todo mundo neste cemitério é enterrado com os pés de frente para o Monte do Templo, para que, ao serem levantados da morte nem sequer precisem se virar. Ninguém quer errar o rumo”, explica Ira Rappaport, 67 anos, que se mudou de Nova York para Israel há 41 anos e cujos pais estão enterrados no Monte.
As autoridades identificaram mais de 150 mil túmulos no local, mas os administradores dizem que novos lotes são impossíveis de achar. A grande maioria já está vendida e dentro de 10 anos estima-se que não haverá espaço para novas sepulturas.
Além de outros profetas da antiguidade, estão enterrados rabinos famosos e personalidades como o ex-primeiro-ministro israelense Menachem Begin.
Chananya Shachor, gerente da Sociedade Funerária de Jerusalém, a maior das 13 empresas que organizam funerais na Cidade Santa, explica que ser enterrado no local custa cerca de 45 mil reais, incluindo a cerimônia fúnebre e uma mortalha especial.
Shachor acredita que em breve terão fim os enterros no Monte, por isso inaugurou recentemente uma instalação de cinco andares, em outra parte de Jerusalém, mas tem dificuldade de convencer as famílias mais tradicionais. Traduzido de The Star.

Fonte: Gospel Prime

domingo, 23 de dezembro de 2012

Cristãos chineses são presos por pregar sobre o Natal ao ar livre




Cerca de 40 policiais de Shenzhen, China, abordaram Cao Nandi e outros oito cristãos, dos quais, sete mulheres, incluindo uma senhora de 70 anos de idade, e os levaram detidos a uma delegacia próxima. O motivo? Eles pregavam sobre o verdadeiro significado do Natal em um parque no sul da cidade.
As mulheres são obreiras do Centro Guanai (Caring) e da Igreja Meilin. O único homem do grupo é membro da Igreja Associação Jovens da Paz.
Quando a esposa de Cao foi até a delegacia de polícia na manhã seguinte, cerca de oito horas depois, foi informada de que não poderia ver o marido.
Cao ama o Senhor apaixonadamente e queria contar aos outros sobre a graça salvadora do Senhor e as Boas Novas do Reino do Céu, mesmo que isso custasse ser odiado por outros e sofrer perseguição. Ele aceitou de bom grado esta punição injusta por compreender a Verdade de Deus e a missão do Pai de salvar as almas perdidas.
De acordo com os últimos relatórios recebidos pela agência de notícias China Aid (Ajuda à China, em tradução livre), todos os detidos já foram liberados.
Segundo Portas Abertas, é importante lembrar que, com a aproximação do Natal, a perseguição do governo aos cristãos deve aumentar. “Devemos orar para que os cristãos chineses respondam com sutileza, e continuem servindo fielmente. Para que diante da perseguição, não tenham medo e não recuem, de modo que conquistem a vitória nesta batalha espiritual”, orienta o ministério.

Crescimento em meio a perseguição
Apesar dos nomes dos novos líderes chineses terem sido anunciados oficialmente este mês, esse processo começou há cinco anos, quando Xi e Li foram ungidos como os sucessores de Hu Jintao e Wen Jiabao, nessa ordem. Todos os anos em decorrência serviram de preparação para que, no tempo determinado, eles possam assumir os postos da liderança do segundo país mais poderoso do mundo.
Há pouco espaço para qualquer mudança significativa repentina na política da China. O que mais se espera de uma nova liderança é que mantenha a continuidade, já que todas as alterações políticas essenciais – com planejamento de longo prazo – são tomadas por consenso, e, portanto, nenhum indivíduo tem o poder de tomar uma decisão importante isoladamente.
No que diz respeito à liberdade religiosa, é provável que a atitude do governo chinês quanto ao crescimento “sem controle” de igrejas casa se mantenha inalterada nos próximos anos. O movimento é composto por igrejas “não-oficiais” que operam fora das áreas controladas pelo governo, como o Movimento Patriótico das Três Autonomias e o Conselho Cristão da China.
Isso explica porque a Igreja Shouwang – que começou como um estudo bíblico caseiro, em 1993, cresceu e tornou-se uma das maiores congregações casa em 2007 – está sendo perseguida pelas autoridades. A igreja possui um piso na Torre de Tecnologia e Daheng Science na área noroeste de Beijing Zhongguancun (distrito tecnológico da China), mas as autoridades impediram o uso da propriedade para cultos. A igreja tem se reunido em um parque por mais de um ano, apesar de esporádica prisão e detenção de seus membros durante os cultos.

Resistência
o início deste mês, sete cristãos de uma igreja doméstica na província de Henan foram acusados de participar de atividades de Shouters (Gritadores, em tradução livre), um grupo fundado em 1960, nos Estados Unidos, que foi proibido, em 1980, pelo governo chinês, de cultuar a Deus, segundo a organização China Aid.
Autoridades se opõem até mesmo às igrejas oficiais que procuram resistir aos movimentos do governo. Recentemente foi negada a permissão para um protesto público contra o despejo planejado, supostamente ilegal, e a demolição de uma propriedade da igreja pelos desenvolvedores imobiliários, de acordo com informação da China Aid em 26 de novembro.
Ryan Morgan, gerente regional para o Sudeste Asiático do International Christian Concern, disse: “Nossa única escolha é adorar de forma ilegal e enfrentar a ameaça de assédio, detenção, tortura e prisão. Dezenas de milhões de cristãos na China sofrem com isso hoje. No entanto, as igrejas chinesas parecem ser fortes o suficiente para continuarem a crescer tanto em número quanto em profundidade espiritual em face à perseguição”.

Fonte: Portas Abertas/Verdade Gospel


sábado, 22 de dezembro de 2012

Bilionário transformou sua empresa em “agência missionária”


Um dos homens mais ricos do mundo diz que o segredo do seu sucesso é a fé

As lojas Hobby Lobby são parte de uma cadeia de varejo que soma 500 lojas de artesanato e artes em 41 estados norte-amercianos. Seu diferencial é que são liderados por uma família cristã. Fundada em uma garagem na cidade de Oklahoma, em 1972, a família Green só começou a Hobby Lobby depois de conseguir um empréstimo para abrir a sua primeira loja.

Green disse que sentia como um estranho ao entrar em varejo, pois seus pais eram pastores e ele cresceu achando que seria um também. No entanto, ele acredita que encontrou uma maneira de exercer seu ministério por meio de sua empresa.
“A Hobby Lobby sempre foi uma ferramenta para o trabalho do Senhor. Para mim e minha família, contribuir é igual a ministério, que é igual ao Evangelho de Jesus Cristo”, disse o CEO e fundador da empresa, David Green. “Nós sabemos que temos sido abençoados pela graça de Deus e acredito que é porque nós escolhemos viver nossas vidas e para operar nossos negócios de acordo com a Sua Palavra e nós somos muito gratos por isso”.
Na verdade, David Green insiste que Deus é o verdadeiro dono dos bilhões de dólares que a família possui. Atuando como um bom discípulo, Green se tornou o maior benfeitor evangélico do mundo, com planos de fazer doações sem precedentes quando seu testamento for aberto.
Perguntado pela revista Forbes sobre os segredos para o crescimento de sua empresa, o empresário de 70 anos de idade, evita qualquer crédito pessoal. Ele também não elogia seus executivos ou seus mais de 22.000 empregados, nem mesmo seus clientes, que vão consumir mais de US$ 3 bilhões em produtos de artesanato somente este ano. “Se você tem alguma coisa ou se eu tenho alguma coisa, é porque nos foi dada por nosso Criador”, diz Green.
“Então, desde o início eu aprendi a dizer: ‘Olha, isso é seu, Deus. É todo seu. Eu vou dar a você”.
Ele deve saber do que está falando, afinal está em 79 º lugar na nossa lista dos 400 americanos mais ricos, com um patrimônio pessoal estimado de US$ 4,5 bilhões. Mas o que poucos sabem é que ele atualmente é o maior doador individual para causas evangélicas dos Estados Unidos e provavelmente um dos 3 maiores do mundo.
“Só sei que Deus é o dono”, explica Green. ”Como faço para separar as coisas? Bem, é de Deus na igreja e é meu aqui? Eu tenho um propósito na igreja, mas eu não tenho um propósito aqui? Você não pode ter um sistema de crença no domingo e não vivê-lo durante os outros seis dias da semana.”, ensina.
Há muito poucos membros entre o ranking dos 400 da Forbes que falam sobre religião e trabalho. Green explica que seu “império” é uma grande organização missionária, o equivalente ao maior bazar de igreja do mundo. A cadeia Hobby Lobby investe quase metade do total de seus lucros em uma longa lista de ministérios evangélicos. Embora não divulgue o montante doado, a Forbes estima que ao longo de sua vida ele já doou mais de 500 milhões de dólares.
A riqueza da família Green sustenta dezenas de igrejas e universidades cristãs. Tudo começou em 1999, quando ele comprou o edifício de um antigo hospital na cidade de Little Rock, Arkansas, por US$ 600.000, reformou e doou para uma igreja. Desde então, comprou mais de 50 propriedades a um custo estimado de 300 milhões de dólares. Mas não é qualquer ministério que ele ajuda.
Ele contata constantemente a igreja ou projeto cristão que lhe procura, e só preenche os cheques após uma cuidadosa verificação doutrinária, que inclui perguntas sobre o nascimento virginal de Cristo. Até mesmo o conhecido pastor Rick Warren precisou passar pelo crivo pessoal de Green antes de receber uma propriedade de 170 hectares em agosto passado, que a igreja Saddleback usará como local de retiros.
A influência de Green, no entanto, é mais sentida nos investimentos nas universidades cristãs em todo o país que vem sofrendo com a crise financeira e teológica que os Estados Unidos atravessam nos últimos anos. A oferta mais vultuosa foi  de US$ 70 milhões em 2007 para a Oral Robert, considerada por ele uma “universidade saudável.”
Traduzido da Forbes 

Fonte: Gospel Prime

Brasil pode ser 1º país a derrotar a Aids'


JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
Um brasileiro acaba de ser escolhido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, para coordenar as políticas públicas da Unaids (braço da organização contra a Aids).
Luiz Loures vai assumir em janeiro a vice-diretoria executiva dos programas da entidade e também um cargo mais político, o de secretário-geral assistente da ONU.
O médico foi um dos pioneiros no cuidado a pacientes com Aids no Brasil. Loures está há 16 anos na Unaids, hoje em Genebra.
Ele diz que espera ver o fim da epidemia da Aids em 15 anos.
Mas, para isso, é preciso quase dobrar o número de pessoas em tratamento, investir em diagnóstico precoce e no fim do preconceito.
O Brasil, opina, tem condições de ser o primeiro país a declarar o fim da Aids.
*
Folha - Que desafios estão postos nesse novo cargo?
Luiz Loures - A gente está mudando de fase na resposta à Aids. Começamos a falar do fim da epidemia.
O progresso científico permite isso. E estou sendo colocado neste posto para mudar e intensificar os programas e levar o maior número de países a essa meta que, agora, a gente pode começar a estimar.
Eu penso em 15 anos. A Aids vai continuar existindo provavelmente, a não ser que se consiga erradicar o vírus -o que é uma questão para o futuro muito mais distante.
Mas vamos poder dizer que não há mais epidemia. Talvez não em todos os países ao mesmo tempo.

Como o sr. vê o Brasil nesse cenário? Têm surgido críticas sobre a atual política...
Pelo panorama mundial, não tenho dúvidas de dizer que o Brasil é o país com as políticas de Aids mais avançadas e mais inclusivas. Isso do ponto de vista global, eu não estou dentro do Brasil.
Se eu tomo, por exemplo, as estatísticas de acesso ao tratamento no Brasil, as coberturas são as mais altas entre as mais altas do mundo, exatamente porque o Brasil foi o primeiro país a tratar.
Seguindo esse parâmetro, não tenho dúvida de dizer que o Brasil tem condições de ser o primeiro país a declarar o fim da Aids.

O primeiro?
Se o Brasil continuar suas políticas, intensificar onde é necessário. Claro que é um país continental, complexo.
E não que seja uma tarefa fácil, mas não foi fácil em nenhum momento. A trajetória do Brasil nessa área foi marcada pela coragem.
Agora, eu sei que existe um debate. É exatamente aí que está a fortaleza do programa brasileiro, no debate.

Que mudança de postura os países devem ter nessa fase?
É exatamente não mudar muito. O risco hoje, pela complacência, pela existência de outras prioridades, é colocar a Aids em plano secundário.
A humanidade conseguiu avançar tanto em relação à Aids que seria um erro histórico deixar as coisas irem para trás agora, quando a gente tem condição de ir avante.

E até chegar lá?
Há 8 milhões de pessoas em tratamento. Temos de tratar ao menos mais 7 milhões até 2015 para podermos falar que estamos no ritmo.
O teste de Aids tem de virar rotina. Não é bicho de sete cabeças, tem de haver mudança nesse sentido.
Qualquer pessoa no mundo tem o direito e tem de saber se está ou não infectada. É aí que começa o fim da Aids, começa com cada indivíduo.
Quem se trata não só cuida da sua saúde como corta a transmissão.
Além disso, a prevenção tem que ser intensificada. Há dois desafios fundamentais.
Um é nos grupos mais vulneráveis, como o homossexual masculino.
A discriminação ainda é o fator mais importante em muitos países, 78 países criminalizam a relação com o mesmo sexo.
Não tem como pensar que o homossexual vai procurar o serviço de saúde se tem o risco de ser pego.
A mesma coisa em relação ao usuário de droga.
A epidemia na Europa Oriental é a que me preocupa mais no panorama mundial.
A questão fundamental é o seguinte: o usuário de droga é um problema de saúde, não é um problema de polícia.

RAIO-X
LUIZ LOURDES

FORMAÇÃO
Cursou medicina na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), especializando-se em cuidados intensivos.
Tem diploma de MPH (equivalente a um mestrado em saúde pública) na Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA)

TRAJETÓRIA
Ajudou a diagnosticar e tratar as primeiras pessoas com Aids no Brasil nos anos 1980.
Tornou-se assessor especial do Ministério da Saúde, ajudando a formular a política nacional de combate à doença, inclusive pontos como o acesso universal a drogas antirretrovirais.
Passou a integrar a Unaids (agência da ONU para a Aids) em 1996

CARGO ATUAL
Vice-diretor executivo da Unaids

IDIOMAS
É fluente em inglês, espanhol e francês
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1205090-brasil-pode-ser-1-pais-a-derrotar-a-aids.shtml

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Premiação para campeões mundiais é ato populista



Pensei que já havia acabado tal ato populista do governo brasileiro. Os presentes dados (Fuscas) pelo prefeito Maluf aos tricampeões de 70, com o dinheiro dos nossos pais e avós, são exemplos clássicos deste tipo de conduta. Não vejo diferença nenhuma agora com o prêmio de 100 mil reais oferecidos pelo governo federal aos mesmos atletas que disputaram a Copa do México.
E os campeões de 94 e 2002? Não recebem nada? Eles são campeões também, não?
E os campeões mundiais de basquete? Não merecem também?
E o olímpico Ademar Ferreira da Silva (já falecido)? Os campeões do vôlei, judô, natação…
E os professores, médicos, operários, torneiros mecânicos, engenheiros, enfermeiros, dentistas, para citar alguns, que trabalharam até o fim da vida ou receberam uma insignificante aposentadoria? Eles ajudaram a construir esta nação também!!!
Os atletas que defenderam as seleções brasileiras campeãs mundiais de 58, 62 e 70 receberão, cada um, o prêmio especial de 100 mil reais, além de uma pensão mensal paga pelo INSS. O benefício está previsto na Lei Geral da Copa. No caso daqueles que morreram, as famílias serão agraciadas.
Tostão, tri em 70, hoje comentarista, já avisou que vai abrir mão do prêmio.
Os jogadores que participaram das três Copas são:
1958 (Suécia) - Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando (falecido), Nilton Santos, Zito, Didi (falecido), Garrincha (falecido), Vavá (falecido), Pelé, Zagallo, Castilho (falecido), Dino, Moacir, Zózimo (falecido), Mauro (falecido), De Sordi, Oreco (falecido), Joel, Mazzola, Dida (falecido) e Pepe.
1962 (Chile) - Gilmar, Djalma Santos, Mauro, Bellini, Nílton Santos, Zito, Didi (falecido), Garrincha (falecido), Pelé, Zagallo, Vavá (falecido), Amarildo, Castilho (falecido), Jair Marinho, Altair (falecido), Zózimo (falecido), Jurandir (falecido), Zequinha, Mengálvio, Jair da Costa, Coutinho e Pepe.
1970 (México) - Félix (falecido), Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Everaldo (falecido), Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão, Pelé, Rivelino, Ado, Leão, Zé Maria, Marco Antônio, Baldochi, Fontana (falecido), Joel Camargo, Dario, Roberto Miranda, Paulo César Caju e Edu.

Fonte: http://blogdoquesada.blogosfera.uol.com.br/2012/12/20/premiacao-para-campeoes-mundiais-e-ato-populista/

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Polêmica: secretário de Saúde do Rio quer legalização das drogas






A legalização do uso de drogas ganhou um reforço nesta segunda-feira (17) no Rio de Janeiro. O secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, defendeu o fim da proibição em um seminário internacional sobre drogas realizado na Fiocruz.
“Já passou da hora de mudar isso”, disse Côrtes ao jornal O Dia. O evento, que prosseguiu nesta terça-feira (18), foi organizado pelo Ministério da Saúde e pela Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD). Côrtes pediu pressa na revisão da política de proibição das drogas no país.
“Tenho muitas dúvidas quanto à eficácia desta política e da criminalização do usuário. A repressão está funcionando? E mais: acho que temos que resolver logo este problema, colocar um prazo”, afirmou Côrtes.
O secretário disse defender uma reforma “extremamente criteriosa”, para que o tiro não saia pela culatra e para que a legalização, de fato, reduza os índices de violência e de consumo.
“Precisamos olhar caso a caso as experiências adotadas nos países que optaram pela legalização. Alguns tiveram experiências positivas, outros não. Temos de ver quais as drogas entrariam nesta política. Mas é preciso que seja rápido”, reiterou.
O antropólogo Rubem Cesar Fernandes, secretário executivo da ONG Viva Rio, que também participou do seminário na Fiocruz, disse que está otimista quanto à aceleração da discussão.
“A CBDD levou ao Congresso Nacional a proposta de discussão, mas não queríamos dar entrada este ano por conta do calendário eleitoral. Tudo indica que, a partir de fevereiro, a gente comece a discutir essa questão. Acho que em 2013 já teremos uma resposta positiva”, previu Rubem Cesar Fernandes.
Para o antropólogo, o maior desafio será unir a bancada religiosa em torno de tema tão polêmico: “Precisamos valorizá-los, trazê-los para junto de nós porque as igrejas também têm um papel fundamental neste processo. O problema afeta a todos nós”.

Países espelhos
O seminário na Fiocruz, em Manguinhos, reuniu especialistas que discutiram a possibilidade de uma nova política sobre as drogas.
Portugal, Canadá e Uruguai, países que têm conseguido estancar o aumento do consumo e reduzir índices de violência e mortes decorrentes do vício, estiveram representados no evento.
A ministra Maria do Rosário Nunes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, acompanhou as conclusões do seminário.

Favoráveis a lei
O jornal O Dia também publicou matéria mostrando que existe uma liga formada por agentes da lei que acredita na legalização do consumo e na regulação da produção como medidas capazes de conter a violência causada pela luta entre Estado e narcotráfico.
A Agentes da Lei contra a Proibição (Leap Brasil) tem como integrantes o coronel Jorge da Silva, ex-chefe do Estado Maior da PM, o delegado Orlando Zaccone, da 18ª DP (Praça da Bandeira), e a juíza aposentada Maria Luiza Karam. “Legalizar não é promover o consumo. O consumo já há em qualquer esquina. A solução é regularizá-lo”, aponta Rubem Cesar Fernandes, diretor da ONG Viva Rio.

Fonte: O Dia/Verdade Gospel