Radio Evangélica

domingo, 30 de setembro de 2012

Joaquim Barbosa será eleito presidente do STF em outubro



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Ministro Joaquim Barbosa durante julgamento do mensalão
O relator do mensalão será eleito presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no dia 10 de outubro, uma quarta-feira, e logo após tem início a sessão Plenária, conforme informa o site Direito Global.
Seguindo a tradição, serão dados nove votos para Joaquim e um voto para o seu vice-presidente, o revisor do mesmo processo, ministro Ricardo Lewandowski. O voto em Lewandowski será dado por Joaquim, uma vez que ele não pode votar no próprio nome para a presidência da Corte.
O novo presidente do STF assume o cargo, possivelmente, no dia 21 de novembro (quarta-feira), uma semana após Carlos Ayres Britto, atual presidente, deixar o cargo por atingir a idade limite de 70 anos. Ao contrário do seu antecessor, Joaquim Barbosa cumprirá os dois anos de mandato, exceto se os problemas de saúde o impedirem de permanecer no cargo.
Histórico
Joaquim Benedito Barbosa Gomes nasceu na cidade mineira de Paracatu em 7 de outubro de 1954. É o primogênito de oito filhos. Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram. Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público. Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) (1979-84). Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado. Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi visiting scholar no Human Rights Institute da faculdade de direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000) e na Universidade da Califórnia Los Angeles School of Law (2002 a 2003). Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É fluente em francês, inglês, alemão e espanhol. Toca piano e violino desde os 16 anos de idade. Foi indicado para o STF pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva em 2003.
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Ministro Carlos Ayres Britto será presidente do STF até novembro deste ano
Britto
No dia 14 de novembro (quarta-feira), será a última sessão Plenária presidida por Carlos Ayres Britto no STF. Ele completa 70 anos no domingo, 18 de novembro, e a publicação da sua aposentadoria no Diário Oficial da União sairá na sexta-feira, 16 de novembro. Com isso, neste dia ele já será considerado ministro aposentado do mais importante tribunal do país. O ato poderia sair publicado no dia 15 de novembro, mas é feriado em virtude da comemoração da Proclamação da República.
Em 2003, Carlos Ayres Britto foi nomeado pelo então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para o cargo de ministro do STF, em virtude da aposentadoria do ministro Ilmar Galvão. Presidiu o Tribunal Superior Eleitoral no período de 6 de maio de 2008 a 22 de abril de 2010, sucedendo ao ministro Marco Aurélio Mello. Foi eleito presidente do STF em 14 de março de 2012, com posse no cargo em 19 de abril, em substituição ao ministro Cezar Peluso, que também se aposentou por completar 70 anos.

Verdade Gospel Com informações da Agência Brasil

sábado, 29 de setembro de 2012

E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus. Mateus 16:19



Interessante é que já vi muitos lideres interpretando esse versículo falando que uma denominação religiosa tem a autoridade de condenar ou absolver alguém.
Tipo: Se comento algum pecado como consequência sou colocado em disciplina por um espaço de tempo (3 meses, por exemplo). Tem gente que fala que nesse período de disciplina a pessoa está desligada do céu, ou seja, está condenada. E só será ligada ao céu após o período de disciplina.
Mas uma coisa eu falo: você até vê quando alguém peca, mas não vê quando Deus perdoa.
A parti daí podemos tirar a conclusão que pastores, diáconos, etc., não tem poder para mandar alguém para o inferno. Sei que tem o caso na igreja de Coríntios (1 Co 5.5) onde Paulo fala que entregasse certa pessoa a Satanás por ter possuído a mulher do pai (madrasta) mesmo o pai estando morto isso estava sendo pecado de incesto conforme LV 18.8. Mas segundo a Bíblia de estudo Genebra esse mesmo transgressor se arrependeu (2 Co 2 5-11) e foi aceito novamente na igreja. E como está escrito em Pv 28.13b aquele que confessa e deixa alcança misericórdia.
Não interessa o pecado cometido por alguém. Pecado é pecado não existe pecado grande nem pequeno existe sim as consequências do pecado.
Infelizmente a maioria das igrejas estão com esse tipo de pensamento, onde deixa a maioria dos membros tenebrosos com medo de perderem a salvação. Essas pessoas tratam a salvação como uma forma tão simples de se ganhar e ao mesmo tempo tão simples de perder. Esse tipo de gente na verdade não tem o ideia do que na verdade a salvação.
Nosso Deus é amor, mas ao mesmo tempo é fogo consumidor. Mas ele não é tão carrasco quanto à maioria das igrejas pregam. O preço que Jesus pagou na cruz é bem maior do que qualquer pecado cometido por qualquer humano.
Realmente tem que haver s disciplina para irmãos transgressores para que sirva como lição tanto para o transgressor quanto para os demais. Mas denominação nenhuma tem poder de condenar ou absolver uma pessoa.
Mensagem 3
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Joabson João

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Comissão da OAB/MS apoia maior discussão do Novo Código Penal





Após o Conselho Federal da OAB informar que vai solicitar a suspensão do trâmite do Novo Código Penalno Senado, para que haja uma maior discussão do tema, a Comissão dos Advogados Criminalistas (CAC) da OAB/MS se manifestou favorável ao pedido.
Acredito ser, no mínimo, prudente a suspensão do trâmite do Código. Temos que ouvir mais a sociedade, e as sugestões da população, para nos aprofundarmos mais no texto, avaliou Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Júnior, presidente da CAC.
Ainda segundo Saldanha, um trâmite acelerado no Congresso não pode ser mais importante do que a reflexão sobre o Novo Código Penal, o que justificaria a suspensão temporária do trâmite no Senado.
Para o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, que vai enviar ofício ao presidente do Senado, José Sarney, solicitando a suspensão do trâmite do projeto do Novo Código Penal, é necessário um tempo maior para uma análise do projeto, pois não queremos que o Código, ao invés de cumprir o seu relevante papel social, acabe se tornando um instrumento de injustiças.
Os membros da Comissão de juristas designada pela OAB para acompanhar as discussões em torno do novo Código, conforme o presidente da entidade, concordam que muitos dispositivos aprovados contêm imperfeições técnicas que podem comprometer o devido processo legal. Como entidade que possui compromisso histórico com as garantias individuais, as liberdades e o amplo direito de defesa, a OAB se sente autorizada a pedir a suspensão para que possamos melhor refletir sobre o assunto, disse Ophir.
Segundo Ophir Cavalcante, o ato público realizado segunda-feira (24) no salão nobre da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), foi uma demonstração de unidade de pensamento do meio acadêmico e da advocacia academia criminal nesse sentido, além de um alerta para a forma como o projeto do novo Código Penal está sendo conduzido no Congresso Nacional. (com informações do Conselho Nacional da OAB)
Fonte: JusBrasil

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Justiça brasileira também manda YouTube retirar vídeo que ofende muçulmanos



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Umas das cenas do filme 'A Inocência dos Muçulmanos'
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou nesta terça-feira (25) a retirada do YouTube de um vídeo que ofende os fiéis do Islã e que causou uma onda de distúrbios em países de maioria muçulmana.
O juiz Gilson Delgado de Miranda deu prazo de dez dias ao Google para retirar todos os vídeos que contenham fragmentos de “A Inocência dos Muçulmanos”, produzido nos Estados Unidos e considerado blasfemo pelos muçulmanos.
Descrição: http://www.verdadegospel.com/adwp01/wp-content/uploads/2012/09/Bangladesh.jpg
Assim como em Bangladesh, muçulmanos fizeram fortes protestos em todo o mundo
O juiz, que impõe uma multa de R$ 10 mil por dia em caso de descumprimento da ordem, aprovou o pedido da União Nacional das Entidades Islâmicas, que representa 16 entidades vinculadas à religião muçulmana, que argumentavam que o vídeo viola o direito à liberdade religiosa.
Em sua decisão, que admite recurso, o juiz cita os episódios de violência que o vídeo gerou em várias partes do mundo, assim como o processo apresentado por uma atriz do filme contra o produtor da obra por assegurar que foi enganada sobre o conteúdo para escorar sua decisão.

Fonte: O Dia/ Verdade Gospel

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Lewandowski condena Roberto Jefferson e mais 8 da base aliada, mas não cita compra de votos



O revisor do julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, concluiu nesta quarta-feira (26) seu voto sobre o item atualmente analisado pela Corte e votou pela condenação de nove réus ligados a partidos da base aliada do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006).

Apesar das condenações, ao contrário do relator Joaquim Barbosa, o magistrado não tratou da suposta compra de votos com o dinheiro do mensalão para que reformas governistas fossem aprovadas no Congresso Nacional. O ministro afirmou que o destino do dinheiro não é determinante para condenar os réus. 
Em seu voto, Lewandowski absolveu quatro réus, contrariando o relator, que apenas inocentou Antonio Lamas, ex-assessor do PP. O revisor votou pela absolvição da maioria dos réus parlamentares da acusação de lavagem de dinheiro --também contrariando o relator-- embora os tenha condenado por corrupção passiva, na maior parte dos casos.
A sessão desta quarta-feira foi uma das mais tensas desde o início do julgamento, em 2 de agosto. A absolvição de Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB, gerou um bate-boca entre Barbosa e Lewandowski, que já haviam discutido antes do intervalo da sessão. A última discussão durou quase dez minutos e envolveu outros ministros, como Marco Aurélio e Ayres Britto. Em ambos os casos, Barbosa iniciou o bate-boca rebatendo argumentos de Lewandowski. “Se vossa excelência não admite a controvérsia (...) deveria pedir que abolisse a figura do revisor”, rebateu Lewandowski.

Veja abaixo quem foram os réus condenados e absolvidos pelo revisor no atual item 6 da denúncia, que ainda deve ser analisado pelos demais ministros do STF a partir desta quinta-feira (27), quando o julgamento do mensPTB

Do PTB, foram condenados Roberto Jefferson, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro e ex-presidente da sigla, eRomeu Queiroz, ex-deputado federal por Minas Gerais. Ambos foram condenados por corrupção passiva, mas absolvidos da acusação de lavagem. Já Emerson Palmieri foi absolvido das duas imputações.
Lewandowski citou depoimento de Jefferson em que ele acabou confirmando o acordo com o PT. Segundo o ex-deputado, o valor total do acordo entre os partidos era de R$ 20 milhões, mas apenas R$ 4,5 milhões foram repassados ao PTB. "O que é importante é que Roberto Jefferson não nega que recebeu, de fato, cerca de R$ 4 milhões em espécie."
Na avalição de Lewandowski, "o acordo [financeiro] entre os partidos foi pactuado verbalmente" e "valeu-se para receber de mecanismos escusos".
Ao absolver os réus da lavagem de dinheiro, o revisor entendeu que o dinheiro recebido configurou apenas corrupção passiva e não houve um segundo conjunto de atos que poderiam caracterizar a lavagem.
"Segundo o revisor, não havia o dolo, intenção de ocultar os valores, para condenar o réu pelo crime de lavagem de dinheiro”, afirma o advogado criminalista Fábio Lucato, membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa, que acompanhou na redação do UOL o julgamento do mensalão desta quarta-feira.
Sobre Palmieri, Lewandowski disse que não ficou comprovado que ele tenha recebido R$ 50 mil, conforme a denúncia da Procuradoria. O revisor questionou as provas utilizadas pela denúncia e apontou contradições em depoimentos que incriminam o réu. "Confesso que tive mais dúvidas do que certezas [quanto à participação de Palmieri]", afirmou.
O ex-deputado federal pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) José Borba, atualmente prefeito de Jandaia do Sul (PR) pelo PP, também foi condenado por corrupção passiva e absolvido de lavagem de dinheiro.
Segundo a Procuradoria, Borba recebeu, ao todo, R$ 2,1 milhões, mas, como sabia da origem ilícita do dinheiro, atuou para não receber diretamente o montante. O único pagamento comprovado foi o de R$ 200 mil.
"No que se refere a este crime [de corrupção passiva], eu entendo que a acusação restou devidamente comprovada. José Borba teria recebido de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, por meio das empresas de Marcos Valério, vantagem indevida", afirmou o ministro-revisor.
"Embora não tenha ficado comprovado o ato de oficio [o voto em troca de propina], não resta dúvida do recebimento de R$ 200 mil por parte do acusado", disse.

PL

Dos réus do PL (Partido Liberal, atual PR, Partido Republicano), foram condenados pelo revisor, na última segunda-feira (24), o deputado federal Valdemar Costa Neto (SP), ex-presidente da legenda; Carlos Alberto Rodrigues, o Bispo Rodrigues, ex-deputado federal pelo Rio de Janeiro; e Jacinto Lamas, ex-tesoureiro da sigla.
Com exceção de Rodrigues, os três foram condenados por Lewandowski por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O ministro, a exemplo do relator, absolveu Antonio Lamas das acusações de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Lewandowski concordou com a tese da PGR de que Costa Neto e o PL receberam R$ 10,8 milhões das empresas de Valério. Segundo a acusação, os recursos chegaram até Costa Neto e outros integrantes do PL, como Jacinto Lamas e Bispo Rodrigues, por meio de Simone Vasconcelos, ex-diretora da agência SMP&B, de Valério.
Para o revisor, o grupo de Valério e os réus do PL também utilizaram a empresa Guaranhuns Empreendimentos para ocultar a origem dos recursos. "O corréu Valdemar Costa Neto não se limitou a receber de forma simulada a vantagem indevida, ciente da origem ilícita, simulou a renegociação de negócio jurídico de fachada a dar uma falsa licitude aos pagamentos", disse Lewandowski, acrescentado que o deputado atuou em parceria com Jacinto Lamas.

PP e Bônus-Banval

Do PP, o ministro-revisor votou pela condenação do ex-deputado federal Pedro Corrêa (PE) e de João Cláudio Genú, ex-assessor do partido na Câmara dos Deputados. Ambos foram condenados pelo magistrado pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha e absolvidos da acusação de lavagem de dinheiro.

"NOVELA" E HQ LEMBRAM O CASO

·         Descrição: Arte UOL
Mensalão parece enredo de novela; veja cinco possíveis finais desta "trama rocambolesca"
·         Descrição: Angeli
"O incrível mensalão" relembra os fatos
Lewandowski absolveu o deputado federalPedro Henry (MT) das acusações de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. O réu Breno Fischberg, ex-sócio da corretora Bônus-Banval, acusada de ter ajudado a distribuir o dinheiro do mensalão, foi inocentado dos crimes de lavagem e formação de quadrilha.
 Enivaldo Quadrado, ex-sócio de Fischberg na Bônus-Banval, foi condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. De acordo com a PGR, as empresas de Valério passaram, a mando da cúpula do PT, R$ 4,1 milhões para os parlamentares do PP.

Outro lado

Segundo advogado Luiz Francisco Corrêa Barbosa, defensor do presidente do PTB, os R$ 4 milhões recebidos por Jefferson eram referentes à parte de um acordo político firmado para despesas de campanha, o que é legal.
“Não tinha nada a ver com a compra do seu voto [de Jefferson] para votar com o governo.” Barbosa destacou que, mesmo que os recursos viessem de caixa dois do PT, ou seja, não tivessem sido declarados, “ele [Jefferson] não tinha como saber se a verba tinha sido contabilizada ou não”.
O advogado Ronaldo Garcia, que defende Romeu Queiroz, disse que Lewandowski sequer exprimiu seu voto. “Ele não exprimiu o seu voto por inteiro. Parece que ele gastou mais tempo com o [Emerson] Palmieri. O que dá para intuir é que ele seguiu a linha dos votos anteriores em situações correlatas, como a do Bispo Rodrigues, e considerou que não é necessário haver ato de ofício para configurar corrupção passiva”, afirmou.
O UOL tentou contato com a defesa de José Borba, mas não conseguiu localizar o seu advogado. Lewandowski votou pela sua condenação em relação ao crime de corrupção passiva, mas o absolveu por lavagem de dinheiro. A reportagem também tentou contatar o advogado de Emerson Palmieri, absolvido por Lewandowski, mas sem sucesso.

Próximos passos

Após o voto de Lewandowski sobre o item 6, os oito ministros restantes --em ordem crescente de tempo na Suprema Corte-- apresentarão seus votos. Depois de concluída esta parte do julgamento, o ministro-relator voltará a analisar o item 6 --isso porque este tópico tem mais de 20 réus e o relator optou por dividi-lo em duas partes. A segunda parte é referente aos réus acusados de corrupção ativa sobre os integrantes da base aliada, que inclui os chamados núcleos político e publicitário.
No núcleo político, estão os integrantes da cúpula petista --o ex-ministro José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. E, do núcleo publicitário, serão julgados o publicitário Marcos Valério, seus ex-sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, o advogado dele, Rogério Tolentino, e as funcionárias da agência SMP&B, Simone Vasconcelos e Geiza Dias.
O item 6 do processo é o quarto a ser analisado pelo Supremo. Antes foram analisados o item 3 (contratos das agências de Marcos Valério com o Banco do Brasil e a Câmara dos Deputados), item 5 (gestão fraudulenta do Banco Rural) e item 4 (sobre lavagem de dinheiro). Ainda devem ser analisados os itens 7 (lavagem de dinheiro por parte do PT), 8 (evasão de divisas) e 2 (formação de quadrilha).
*Colaboraram Fernanda Calgaro, em Brasília, e Guilherme Balza, em São Paulo
Camila Campanerut*
Do UOL, em Brasília

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Transgênicos matam mais e causam até três vezes mais câncer em ratos, diz estudo


Ratos alimentados com alimentos transgênicos morrem antes do previsto e sofrem de câncer com mais frequência do que os outros animais da espécie, destaca um estudo publicado nesta quarta-feira (19) pela revista Food and Chemical Toxicology.
"Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados [OGM]. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos", explicou Gilles-Eric Seralini, coordenador do estudo e professor da Universidade de Caen, na França.
Para fazer a pesquisa de dois anos, 200 ratos foram divididos em grupos e alimentados de maneiras diferentes. Eles seguiram proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos. O primeiro grupo teve 11% de sua dieta composta pelo milho OGM NK603; o segundo comeu também 11% do milho OGM NK603 tratado com Roundup, o herbicida mais usado no mundo; e o terceiro foi alimentado com milho não alterado geneticamente, mas tomava água com doses de Roundup usadas nas plantações.
O milho transgênico (NK603) e o herbicida são produtos do grupo americano Monsanto, comercializados em vários países. No Brasil, amostras foram aprovadas em setembro de 2008 pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e, no começo de 2009, o Ministério da Agricultura aprovou o registro de doze híbridos de milho com a tecnologia Roundup. O certificado de biossegurança foi aprovado pela comissão em novembro de 2010.
Segundo o estudo francês, 50% dos machos e 70% das fêmeas dos três grupos morreram prematuramente, contra 30% e 20%, respectivamente, do grupo de controle. Os tumores na pele e nos rins aparecem até 600 dias antes nos machos do que no grupo de controle. No caso das fêmeas, os tumores nas glândulas mamárias aparecem uma média de 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos. A hipófise foi o segundo órgão que mais sofreu alterações prejudiciais no período de testes – é ela quem produz hormônios importantes para o organismo, o que a torna a glândula principal do sistema nervoso.
"Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e importante durante o consumo dos produtos", afirmou Seralini, cientista que integra comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em diversos países. “O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimenta com OGM). A primeira fêmea oito meses antes. No 17º mês foram observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com milho OGM”, explica o cientista.
"Pela primeira vez no mundo, um transgênico e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias", disse o coordenador do estudo.
Séralini faz parte de um grupo, o Criigen, que faz uma série de pesquisa sobre segurança de alimentos. Em dezembro de 2009, ele publicou um estudo com ratos alimentados com os três principais tipos de milhos transgênicos, tanto administrados em rações de animais quanto vendidos para humanos. As amostras dos milhos NK603, MON810, MON863, da Monsanto, causaram danos sérios nos rins e nos fígados das cobaias, além de outros efeitos notados no coração, em glândulas supra-renais e no baço. (Com informações de agências internacionais)
Do UOL, em São Paulo

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Não se Contente com sua Pregação Medíocre



Nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção. 
1 Thess 1.5

Quero examinar um lugar onde há demasiada mediocridade na igreja de Jesus Cristo: a pregação. Por cerca de 40 finais de semana por ano eu estou com alguma parte do corpo de Cristo em algum lugar do mundo. Muitas vezes, não sou capaz de sair no sábado e, por isso, vou assistir ao culto da congregação local (quando não estou programado para pregar). O que estou prestes a dizer provavelmente vai me encrencar, mas estou convencido de que precisa ser dito. Estou triste e angustiado por dizer isso, mas já estou cansado de ouvir palestras teológicas chatas e mal preparadas, dadas por pregadores não inspirados, lendo manuscritos, e tudo isso feito em nome da pregação bíblica.

Não estou surpreso que as mentes das pessoas divaguem. Eu não estou surpreso que as pessoas têm lutado para se manter atentas e despertas. Estou surpreso que mais não têm. Eles têm sido ensinados por alguém que não trouxe as armas apropriadas para o púlpito, a fim de lutar por eles e com eles. A pregação é mais do que regurgitar seu comentário exegético favorito, reformular os sermões de seus pregadores favoritos, ou remodelar as notas de uma de suas aulas favoritas do seminário. É trazer as verdades transformadoras do Evangelho de Jesus Cristo de uma passagem que foi devidamente compreendida, convincentemente e praticamente aplicada, e entregue com a ternura envolvente e a paixão de uma pessoa que foi quebrantada e restaurada pelas verdades que ela irá comunicar. Você simplesmente não pode fazer isso sem a devida preparação, meditação, confissão e adoração.

Simplesmente não dá para você começar a pensar em uma passagem pela primeira vez no sábado à tarde ou à noite e dar o tipo de atenção que ela precisa. Você não será capaz de compreender a passagem, de ser pessoalmente afetado e de estar preparado para dá-la aos outros de uma forma que contribua à contínua transformação deles. Como pastores, temos que lutar pela santidade da pregação, ou ninguém mais o fará. Temos que exigir que os afazeres do nosso trabalho permitam o tempo necessário para se preparar bem. Temos que arranjar tempo em nossas programações para fazer o que for necessário para cada um de nós, considerando nossos dons e nossa maturidade, estejamos preparados como porta-vozes para nosso Rei Salvador. Não podemos acomodar com padrões que denigram a pregação e degradem a nossa capacidade de representar um Deus glorioso de uma graça gloriosa. Não podemos nos permitir estarmos muito ocupados e distraídos. Não podemos estabelecer padrões baixos para nós mesmos e para aqueles a quem servimos. Não podemos nos desculpar e acomodar. Não podemos nos permitir espremer mil reais em preparação em poucos centavos de tempo. Não devemos perder de vista Aquele que é Excelente e a excelente graça que fomos chamados para representar. Não podemos, porque estamos despreparados, deixar Seu esplendor parecer chato e sua maravilhosa graça, ordinária.

A cultura e disciplina que envolve a nossa pregação sempre revelam o verdadeiro caráter de nossos corações. É exatamente aí que a confissão e o arrependimento precisam acontecer. Não podemos culpar as exigências de nosso trabalho ou nossa ocupação. Não podemos apontar o dedo para as coisas inesperadas que aparecem no calendário de cada pastor. Não podemos culpar as demandas da família. Temos que humildemente confessar que a nossa pregação é medíocre e que não está subindo ao patamar para o qual fomos chamados. Nós somos o problema. O problema é que perdemos a nossa admiração, e com essa perda nos acomodamos em apresentar a excelência de Deus de uma forma que não é nada excelente. Qualquer forma de mediocridade no ministério é sempre um problema do coração. Se isso o descreve, então corra ao seu Salvador em humilde confissão e abrace a graça que tem o poder de resgatá-lo de si mesmo, e, ao fazer isso, restaurar a sua admiração. 

Paul Tripp

sábado, 22 de setembro de 2012

PP desviou R$ 20,1 milhões do fundo partidário



Há dez dias, a ministra Cármen Lúcia tomou um susto. Acabara de participar de uma das sessões de julgamento do mensalão, no STF. Ao chegar no seu gabinete na presidência do TSE, deu de cara com um relatório espinhoso. Tratava de um episódio envolvendo o PP, Partido Progressista, uma das legendas que estão na berlinda do Supremo.
O texto submetido à análise de Cármen Lúcia informava que o Tribunal Superior Eleitoral aprovara sem ressalvas prestações de contas do PP que estavam apinhadas de irregularidades. Auditoria feita posteriormente pela Receita Federal revelara que as fraudes eram grosseiras. Resultaram em desvios de R$ 20,1 milhões. Dinheiro público do fundo partidário.
Por ordem de Cármen Lúcia, abriu-se no TSE uma comissão de sindicância. “Em face da grave conclusão do relatório”, a ministra quer saber se os técnicos do tribunal que recomendaram a aprovação das contas micadas do PP encobriram as fraudes dolosamente. Deve-se o relato do episódio ao repórter Andrei Meireles. Em notícia veiculada neste final de semana, ele esmiuçou o caso.
O buraco nas contas do PP foi aberto entre os anos de 2000 e 2005. Nessa época, a legenda era presidida pelo então deputado federal pernambucano Pedro Corrêa (na foto). Por mal dos pecados, é o mesmo personagem que o relator do mensalão, Joaquim Barbosa, acaba de condenar em seu voto por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Na sessão da última quinta (20), também o revisor Ricardo Lewandowski votou pela condenação de Pedro Corrêa por corrupção passiva. Absolveu-o da imputação de ‘lavagem’. Ainda não se pronunciou sobre o crime de ‘quadrilha’. No mensalão, o ex-presidente do PP é acusado de receber R$ 4,1 milhões em verbas sujas do esquema operado por Marcos Valério e Delúbio Soares. Quer dizer: os R$ 20,1 milhões desviados do fundo partidário representam cifra cinco vezes maior.
Os malfeitos foram farejados pela Receita Federal em 2007. Em auditoria feita por amostragem, o fisco varejou as contas de seis partidos. Fisgou na escrituração do PP documentos falsos e notas fiscais frias. Algumas delas emitidas por empresas fantasmas.
A coisa era tão grosseira que as notas de 28 empresas distintas apresentavam a caligrafia de uma mesma pessoa. Outras 34 notas emitidas por pseudoforneceres diferentes haviam sido preenchidas numa única máquina. Diante de indícios tão veementes, a Receita abriu, em novembro de 2007, uma representação fiscal contra Pedro Corrêa e dois ex-deputados que cuidaram da tesouraria do PP na época dos desvios: Benedito Domingos e Romel Anízio.
De resto, o fisco enviou seus achados à Polícia Federal, que requisitou informações ao TSE. Ali, auditores da Justiça Eleitoral puseram-se a reexaminar algo como 58 mil documentos anexados pelo PP às suas prestações de contas.
Afora a constatação de que o TSE aprovara contas malcheirosas, chegou-se a uma conclusão desalentadora: já não há como saber onde foi parar o grosso da verba desviada pelo PP. Como no caso do mensalão, boa parte da verba foi sacada na boca do caixa por sacadores não identificados.
Com a autoridade de presidente do TSE, a ministra Cármen Lúcia enviou o relatório da auditoria do tribunal à Polícia Federal, que havia solicitado as informações. Remeteu o relatório também ao Tribunal de Contas da União. Tenta-se agora impor sanções aos responsáveis pelo descalabro.
Assim como no escândalo do mensalão, bezuntado com verbas desviadas de contratos firmados com entes do Estado, o dinheiro do fundo partidário é público. Sai do bolso do contribuinte e vai à caixa dos partidos para custear despesas correntes -do aluguel de escritórios ao salário dos funcionários. Neste ano de 2012, o fundo vai custar ao Tesouro R$ 324 milhões.
Os defensores do financiamento público das campanhas eleitorais costumam dizer que só a proibição das doações privadas terá o condão de tornar as eleições brasileiras imunes a fraudes. A julgar pela cegueira do TSE e pelo modo como vem sendo gerido o dinheiro destinado a financiar o funcionamento dos partidos, a tese é mais uma dessas balelas pendentes de comprovação.


Josias de Souza

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Lewandowski diz que não entrará no mérito se houve ou não mensalão



O ministro-revisor Ricardo Lewandowski disse nesta quinta-feira (20) após o término na sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, que não vai entrar no mérito se houve ou não pagamento de propina a deputados em troca de apoio ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não há necessidade de entrar neste tipo de elucubração [se o dinheiro recebido pelos parlamentares era proveniente do mensalão ou caixa dois]”, disse.
Já em seu voto, o ministro-relator, Joaquim Barbosa, afirmou enfaticamente que existiu o chamado mensalão. “Há farta demonstração documental acerca dos pagamentos realizados e os parlamentares beneficiados, não havendo qualquer dúvida sobre a existência de um esquema de compra de votos a esta altura deste julgamento”, afirmou Barbosa na segunda-feira (17).
Durante seu voto na tarde desta quinta, Lewandowski chegou a mencionar que o dinheiro dos réus do PP teria sido para "financiamento de campanha".
“Na maior parte dos casos, o que ocorreu: houve um acordo entre partidos para financiamento de campanhas, os representantes de diversos partidos telefonavam para o partido que financiava estas campanhas e dizia: ‘vai e recebe o dinheiro no banco tal’. E estas pessoas mandavam um intermediário que assina um recebido e esta pessoa, em princípio, não sabe se o dinheiro vem da SMP&B, do próprio banco ou de uma empresa qualquer”, afirmou o ministro Ricardo Lewandowski durante exposição de seu voto sobre o réu Pedro Corrêa, ex-deputado federal pelo PP.

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·         Descrição: Arte UOL
Para o magistrado, Corrêa não sabia que tinha recebido “dinheiro sujo” e, ao explicar ao ministro Luiz Fux o caso, o ministro relatou a prática realizada pelos réus da mesma forma que a defesa deles a delineou: como se o dinheiro recebido pelos parlamentares tivesse como destino certo o pagamento do PT aos partidos aliados por apoio durante a campanha e não em troca de apoio político, o que configuraria o mensalão.
Em seguida, na entrevista após a sessão, Lewandowski negou que vá endossar a tese de caixa dois de campanha. “Eu não estou adotando a tese do caixa dois, simplesmente, estou me curvando ao que foi decidido em plenário que a corrupção passiva exige apenas a demonstração do recebimento ou do oferecimento da vantagem ilícita e que o ato de ofício pode ser um ato futuro e potencial. Não é preciso indicar com precisão."
Sobre o trecho de seu voto que gerou a dúvida, o ministro disse que simplesmente “leu um trecho do depoimento”. “Eu não estou entrando neste mérito se é caixa dois ou não é caixa dois. Me coube apenas analisar este aspecto, me curvando à jurisprudência da Corte, se houve ou não transferência de dinheiro para parlamentar, que é um agente público."

oto do revisor

O ministro-revisor do mensalão contrariou integralmente o voto do relator Joaquim Barbosa einocentou o deputado federal Pedro Henry (PP-MT) das acusações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Lewandowski votou ainda pela condenação do ex-deputado federal Pedro Corrêa pelo crime de corrupção passiva. Sobre o crime de lavagem de dinheiro, contudo, o réu foi absolvido.
O revisor iniciou hoje seu voto a respeito dos réus acusados pelo recebimento de repasses ilegais pelas empresas do publicitário Marcos Valério, a mando do PT, aos partidos da base aliada de Lula. Antes de Lewandowski, Barbosa concluiu seu voto e condenou 12 réus.
Além de Corrêa e Henry, do PP, o revisor analisará ainda a conduta de João Cláudio Genú na próxima sessão do julgamento, na segunda-feira (24). Em seguida, o ministro-revisor apresentará seu voto sobre os réus ligados aos outros partidos da base aliada (PL, PTB e PMDB).

Entenda o mensalão

O caso do mensalão, denunciado em 2005, foi o maior escândalo do primeiro mandato de Lula. O processo tem 38 réus --um deles, contudo, foi excluído do julgamento no STF, o que fez o número cair para 37-- e entre eles há membros da alta cúpula do PT, como o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil). No total, são acusados 14 políticos, entre ex-ministros, dirigentes de partido e antigos e atuais deputados federais.
O grupo é acusado de ter mantido um suposto esquema de desvio de verba pública e pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio ao governo. O esquema seria operado pelo empresário Marcos Valério, que tinha contratos de publicidade com o governo federal e usaria suas empresas para desviar recursos dos cofres públicos. Segundo a Procuradoria, o Banco Rural alimentou o esquema com empréstimos fraudulentos.
O tribunal está analisando acusações relacionadas a sete crimes diferentes: formação de quadrilha, lavagem ou ocultação de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, evasão de divisas e gestão fraudulenta.
 Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Câmara aprova MP do Código Florestal que aumenta benefícios a desmatadores


Depois de muita discussão, os deputados aprovaram a Medida Provisória que altera o Código Florestal. O texto, que veio da presidente Dilma Rousseff, foi modificado pela Comissão Especial do Congresso e ampliou os benefícios aos desmatadores ilegais. Com todos os destaques rejeitados, o texto segue agora para o Senado e posterior sanção presidencial.

ENTENDA

A pressão em cima da matéria é porque ela expira em 8 de outubro. Isso significa que haverá um vácuo na legislação que regula a preservação de vegetação em propriedades privadas do país, deixado pelos vetos da presidente.

Sem regras claras, os produtores rurais ficariam na irregularidade.

O texto precisa ainda ser aprovado no Senado, antes de ir para sanção da presidente. Por causa das eleições municipais, o Congresso não teria tempo e quórum suficientes para as votações.
A bancada ruralista concordou em votar o texto hoje mesmo sem a garantia de que a presidente Dilma Rousseff não vá vetar a MP. O governo tentava rejeitar este texto e voltar ao texto original da MP, enviado pelo Executivo e mais pró-ambiente.
Entre as alterações feitas pela Comissão estão a menor área a ser reflorestada em margens de rios, a ampliação deste benefício para propriedades maiores e a possibilidade de plantar árvores frutíferas para computo da Área de Preservação Permanente (APP).
Os senadores devem votar a matéria na próxima semana, quando retomam as atividades após mais uma semana de "recesso branco", em função das eleições municipais, que levam os parlamentares aos seus Estados para apoiar candidatos do partido em campanha.
Entre as alternativas para uma possível perda de vigência da MP estão a edição de outra, após as eleições, ou o uso de um decreto legislativo para disciplinar os efeitos legais da medida.
Obstrução
Parlamentares do DEM, PSDB e integrantes da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) tentaram impedir a votação para que se chegasse a um acordo sobre um texto que fosse aprovado no Senado e sancionado pela presidente.

MP DO CÓDIGO FLORESTAL

Texto anterior
Texto aprovado
20 metros de proteção nas margens de rios para propriedades de4 a 10 módulos fiscais
15 metros de proteção nas margens de rios para propriedades de 4 a 15 módulos fiscais
Para propriedades maiores, mínimo de 30 e máximo de 100 metros de proteção
Para propriedades maiores (acima de 15 módulos), mínimo de 20 e máximo de 100 metros
A obstrução se deve à recusa do governo de manter o acordo feito na Comissão Especial do Congresso. Na comissão, líderes governistas teriam garantido que o texto alterado da MP seria aprovado sem vetos e alterações nas duas Casas e pela presidente. Só que, após alguns dias, o governo manifestou insatisfação e deixou aberta a possibilidade de vetos.
A bancada ruralista, maioria na Casa, geralmente consegue aprovar textos de seu interesse. O que os impedia de votar a MP antes de um acordo era a apreensão de que a presidente vetasse o texto alterado, mas a decisão foi por aprovar em vez de deixar a MP caducar.
O  PPS e o PV, por outro lado, também tentam impedir a votação, mas por outro motivo. Para eles, não há garantia de veto e, por isso, não querem aprovar o texto que aumenta benefícios para desmatadores ilegais.
Alterações
Apesar de a chamada “escadinha” (quanto maior o imóvel, maior a recuperação) ter sido mantida para as pequenas propriedades (de até 4 módulos fiscais), as fazendas maiores, beneficiadas com a mudança, correspondem à maior parte do território ocupado pela agropecuária, o que diminuiria a área de mata ciliar a ser recuperada nas margens dos rios.
O projeto de lei aprovado ainda amplia a quantidade de imóveis que contarão com um limite máximo de área para recompor as APPs, podendo manter suas atividades atuais no restante desmatado.
Permanece a regra do texto original do governo para os imóveis com até dois módulos fiscais, cuja área total de APP poderá ser limitada a 10% do imóvel. O limite de 20% valerá para os maiores que dois e de até quatro módulos.
A novidade é o limite de 25% criado para as propriedades maiores que quatro e de até 10 módulos, com exceção das localizadas em áreas de floresta da Amazônia Legal.
Quanto ao pousio, prática de interromper o plantio ou a pecuária para permitir a recuperação dos nutrientes do solo, a comissão retirou do texto o limite de seu uso em 25% da área do imóvel. Também foi excluída a definição do que é área abandonada, introduzida pela MP original para reforçar a fiscalização de terras improdutivas que podem ser confundidas com o pousio.
Camila Campanerut
Do UOL, em Brasília