Radio Evangélica

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Indagado sobre relação com governo, Maia diz que não há "amiguinho" na política

Imagem: Internet/Reprodução
Na véspera da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer e dois de seus ministros, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira, ao ser questionado sobre sua relação com o governo, que em política não há “amiguinhos”.
Maia acabava de chegar à Câmara na tarde desta terça, após audiência com Temer, quando foi questionado sobre sua relação com o Planalto e se seguiriam “amiguinhos para sempre”.
“Em política não tem amiguinho, muito menos para sempre”, disse o presidente da Câmara a jornalistas.
Maia negou, no entanto, que os recentes atritos com o governo pautem qualquer atitude sua no comando da Câmara.
“Eu não vou nunca tomar uma atitude na Câmara porque ele falou uma coisa que eu não gostei”, ponderou. “Eu não misturei o meu conflito político com a minha ação como presidente da Câmara.”
As rusgas entre Maia e o Planalto ficaram evidentes quando, visivelmente irritado, o presidente da Câmara reclamou da atuação de ministros palacianos para filiar parlamentares dissidentes do PSB, cobiçados pelo DEM, ao PMDB.
Em um episódio mais recente, Maia trocou duras declarações com o advogado de defesa de Temer por conta da divulgação de vídeos da delação premiada do empresário Lucio Funaro no site da Câmara.
Antes de saber que o conteúdo havia sido publicado pelo site da Casa, o advogado Eduardo Carnelós classificou o fato como um “vazamento criminoso”. Maia, por sua vez, o chamou de incompetente.
Depois, Temer colocou em prática uma operação para apagar o incêndio e convidou Maia para uma conversa. Mas a divulgação de informações sobre o teor do encontro trouxe nova crise à relação.
Maia irritou-se com a tese propagada por auxiliares do presidente segundo a qual a conversa servira para tratar do rito da votação da denúncia, prevista para quarta-feira.
O presidente da Câmara divulgou uma nota dura, referindo-se à versão como “falsa” e defendendo que o autor da tese “precisa repor a verdade dos fatos”.
Nesta terça-feira, Maia garantiu que tais episódios são “irrelevantes” para condução dos trabalhos na Casa.


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